Disparo em massa de SMS convoca golpe de Estado

A mensagem, que parte de serviço público do Paraná, pede invasão do Congresso e do STF. Governo contratou serviço de SMS em julho.

Na madrugada entre 23 e 24 de setembro, as redes sociais foram inundadas por relatos de pessoas que receberam mensagem de SMS convocando a população para uma insurreição caso Bolsonaro não seja eleito.

“Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!!”, diz a mensagem (sem acentos por ser SMS).

Segundo os relatos nas redes, os números telefônicos dos quais partiu a mensagem são vinculados a órgãos públicos, principalmente do estado do Paraná, mas também há menções a números da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e o site The Intercept informa que o mesmo ocorreu com moradores de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e no litoral norte de São Paulo. Serviço de identificação de spams sugere que o número pode ter sido utilizado por empresa terceirizada.

No dia seguinte aos disparos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comunicou o caso ao Ministério Público. O governo do Paraná divulgou nota atribuindo o envio de mensagens a empresa terceirizada que presta serviços para a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) e afirmou que vai apurar as responsabilidades.

Dias depois, a empresa Algar Telecom reconheceu que a mensagem foi enviada por um de seus funcionários.

No final de julho, o governo federal contratou de empresa para o disparo de 2 bilhões de mensagens por SMS, ao custo de R$ 84,2 milhões. O motivo alegado foi a difusão de informações sobre serviços públicos.

Fonte: Veja (acesse aqui)

Autor: Ricardo Chapola

Publicado em: 24/09/2022