10 indícios de um golpe em curso


Bolsonaro despreza a democracia. Sem provas, ataca as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral.
Ao insistir no discurso de fraude das urnas eletrônicas e questionar a independência dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), lança dúvidas infundadas e prepara as bases para contestar o resultado eleitoral, adiar o pleito ou até mesmo anular a votação caso não seja reeleito. 
As Forças Armadas ensaiam ofensiva contra o TSE. A mando de Bolsonaro, tentam descredibilizar a justiça eleitoral.
Solicitaram arquivos de eleições passadas (2014 e 2018) pela primeira vez em 26 anos e anunciaram a preparação de um programa próprio de fiscalização eleitoral. Essas cobranças e questionamentos feitos pelo Ministro da Defesa ao TSE demonstram claramente um alinhamento com Bolsonaro. O fato de ter sido alvo de cobranças estrangeiras fez o ministro dar sinalizações na defesa da democracia.
Bolsonaro dissemina fake news. A desinformação mantém sua base de apoio mobilizada.
Bolsonaro cria polêmicas, mentiras e inimigos para manter ativa e mobilizada sua base de apoio intervencionista. Dissemina fake news pelo grau de intoxicação que insere no debate público. Sob o manto da liberdade de expressão, seus apoiadores criam e propagam fake news, reivindicando uma pretensa moralidade para suas ações antidemocráticas.
Bolsonaro afronta o STF. Ofende ministros e ameaça não cumprir suas decisões judiciais.
Bolsonaro transformou os ministros do STF, guardiões da Constituição, em vilões da Pátria. Na sua participação na manifestação de 7 de setembro de 2021, proferiu ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal e fez ameaças de não mais cumprir as suas decisões judiciais. Chegou até a pedir o impeachment de ministro do STF, em razões de decisões judiciais que o desagradaram.
Bolsonaro intimida jornalistas. Reprime críticas e não tolera o trabalho de uma imprensa livre.
Bolsonaro intimidou e agrediu verbalmente alguns dos principais jornalistas e veículos de comunicação do país. Fez aumentar um clima de ódio e desconfiança em relação aos órgãos de imprensa e deteriorar a liberdade de imprensa, um dos pilares fundamentais do Estado democrático de direito. 
Bolsonaro estimula a violência política. Ataca adversários e se orgulha do descontrole de armas no país.
Bolsonaro facilitou o acesso às armas e munições por meio de portarias e decretos. Cidadãos e CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), em sua maioria seus apoiadores, já são um número maior do que o número de todas as polícias militares e civis e de órgãos públicos no país.
Bolsonaro cooptou o Congresso. Entregou um orçamento secreto bilionário para ter apoio do Centrão.
Bolsonaro se rendeu ao Centrão para não ser submetido a um processo de impeachment. Criou o esquema do orçamento secreto, uma aberração para se manter no poder, a contragosto de uma parte de seus aliados que não veem alternativa para se livrar do Centrão que não seja pela adoção de medidas mais duras e autoritárias
Bolsonaro aparelha o Estado com excesso de militares em cargos civis. Essa presença anima a base radical bolsonarista apoiadora de uma intervenção militar.
Bolsonaro nunca escondeu seu saudosismo do período da ditadura. Fez reiteradas homenagens a um torturador como velho amigo e herói nacional. Não esqueçamos da sua participação na manifestação na porta do comando do Exército, na qual se pedia a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
As elites seguem caladas diante das ameaças antidemocráticas. Faltam declarações públicas mais contundentes.
Apesar de algumas declarações e manifestos em defesa da democracia, e contra as escancaradas ameaças autoritárias de Bolsonaro, estarem sendo articuladas e apoiadas por representantes da elite econômica brasileira, uma parcela ainda permanece reativa ou omissa a se manifestar publicamente. O silêncio dessa outra parcela do empresariado preocupa, por indicar que ainda perdura um apoio velado aos ataques contra o sistema eleitoral vigente e ao regime democrático. 
Bolsonaro busca apoio externo para seu plano golpista. Segue colocando o país em uma posição vergonhosa de subserviência.
Bolsonaro busca aliados internacionais para validar seu plano de permanência no poder a qualquer custo, colocando sob sério risco a soberania nacional do país. O pedido humilhante que fez ao presidente dos EUA para se reeleger e a apresentação constrangedora para embaixadores estrangeiros repleta de teorias conspiratórias contra o sistema eleitoral confirmam sua pretensão golpista.