Justiça pede ao WhatsApp: megagrupos só em 2023

Procuradoria da República em São Paulo solicita que empresa não lance “comunidades”, que permitem milhares de membros, antes da posse do próximo presidente. Ferramenta foi amplamente usada para disseminar mentiras e boatos na campanha de 2018.

Anunciada para este ano, a nova funcionalidade do WhatsApp funcionará como um “grupo de grupos”, permitindo a conexão de milhares de pessoas por mensagens criptografadas. Em vários países, a Meta, dona do WhatsApp, já aumentou o número máximo de integrantes em cada grupo comum de 256 para 512, o que também preocupa a Justiça brasileira.

Segundo a Procuradoria, as mudanças seriam um retrocesso no combate à desinformação “em um período de excepcionais riscos à integridade cívica e à segurança da população do país”. O aplicativo de mensagens foi veículo de disseminação em massa de mentiras e boatos durante a campanha eleitoral de 2018, inclusive com financiamento ilegal.

A empresa tem prazo de 20 dias úteis para responder. Caso não se pronuncie ou não acate a recomendação, pode ser alvo de ação civil pública.

Fonte: Folha de SP (acesse aqui)

Autor: Patrícia Campos Mello

Publicado em: 29/07/2022