Procuradoria da República em São Paulo solicita que empresa não lance “comunidades”, que permitem milhares de membros, antes da posse do próximo presidente. Ferramenta foi amplamente usada para disseminar mentiras e boatos na campanha de 2018.
Anunciada para este ano, a nova funcionalidade do WhatsApp funcionará como um “grupo de grupos”, permitindo a conexão de milhares de pessoas por mensagens criptografadas. Em vários países, a Meta, dona do WhatsApp, já aumentou o número máximo de integrantes em cada grupo comum de 256 para 512, o que também preocupa a Justiça brasileira.
Segundo a Procuradoria, as mudanças seriam um retrocesso no combate à desinformação “em um período de excepcionais riscos à integridade cívica e à segurança da população do país”. O aplicativo de mensagens foi veículo de disseminação em massa de mentiras e boatos durante a campanha eleitoral de 2018, inclusive com financiamento ilegal.
A empresa tem prazo de 20 dias úteis para responder. Caso não se pronuncie ou não acate a recomendação, pode ser alvo de ação civil pública.
Fonte: Folha de SP (acesse aqui)
Autor: Patrícia Campos Mello
Publicado em: 29/07/2022