Ameaça foi feita em encontro com empresários no Rio. Provável candidato a vice-presidente depois negou o que disse.
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Em encontro com empresários da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no dia 24 de junho, o general da reserva Walter Braga Netto, assessor “especial” e possível candidato a vice de Bolsonaro, afirmou que se não houver voto auditável (a fixação de Bolsonaro), “não tem eleição” – o que causou constrangimento entre os presentes. Em nota, o ex-general disse que não disse.
Longe da imprensa e frente a uma audiência em tese simpática, Braga Netto se soltou e repetiu a narrativa infundada de Bolsonaro sobre a segurança da urna eletrônica – ao contrário do que diz o presidente, os votos no Brasil são auditáveis.
Houve um incômodo silêncio após a declaração. O militar da reserva estava acompanhado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pré-candidato a deputado federal pelo PL.
Em julho de 2021, reportagem do Estado de S. Paulo relatou que Braga Netto teria feito a mesma ameaça ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por meio de emissários. À época, tanto Lira quanto o general da reserva foram cobrados pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, pela suposta declaração. Ambos negaram que o diálogo tenha ocorrido, e o jornal reiterou o teor da reportagem.
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Fonte: O Globo (acesse aqui)
Autor: Malu Gaspar
Publicado em: 01/07/2022