“OS ATAQUES OBEDECEM A UMA ESTRATÉGIA GOLPISTA. BOLSONARO CONTESTA AS ENQUETES PARA DEPOIS CONTESTAR O RESULTADO DAS URNAS.”

Bernardo Mello Franco – O Globo – 23/09/22

Bolsonaristas têm assediado e hostilizado pesquisadores eleitorais em diversas regiões do país. Obviamente, não são casos isolados: a violência tem como voz de comando o presidente da República e seus aliados.

A incitação do ódio contra os institutos parte de figuras como o presidente da Câmara, Arthur Lira: “Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura”; e o ministro da Comunicações, Fábio Faria: “No dia 2 de outubro a população vai cobrar o fechamento desse instituto”, em referência ao IPEC.

“Os bolsonaristas não jogam palavras ao vento. As declarações fazem parte de uma campanha para minar a confiança nas pesquisas. A ofensiva é liderada pelo presidente-candidato, que alega ser vítima de um complô dos institutos e da mídia”, escreve Bernardo Mello Franco. “Ele precisa convencer sua tropa de que está ganhando — mesmo que os números indiquem o contrário desde o início da corrida presidencial”.

Institutos: sérios e picaretas

Segundo os colunista, é possível dividir os institutos de pesquisa em duas categorias básicas: os sérios e os picaretas. “No segundo grupo, estão empresas que escondem seus financiadores ou que recebem dinheiro público em contratos sem transparência. Até aqui, essas são as únicas que mostram números positivos para o capitão”.

Fonte: O Globo (acesse aqui)

Autor: Bernardo Mello Franco

Publicado em: 23/09/2022