Ódio não mata, por Luiz Eduardo Soares

Segundo o antropólogo e especialista em segurança pública, o afeto do ódio não nos é estranho e, isolado, não explica a escalada da violência política.

A questão é a autorização interna para o ato, que por sua vez é disparada pelo sentimento coletivo, de integrar uma multidão ou bando. “A multidão espectral fascista não nasce em árvore, tem de ser lenta e cuidadosamente formada, organizada e armada. Ela é treinada não só para odiar os ‘outros’, mas para passar do ódio ao ato. Quando o líder supremo desqualifica a humanidade dos “outros”, a legião está autorizada a agir: perpetrará os crimes mais torpes em nome do ‘Bem’”.

Fonte: O Globo (acesse aqui)

Autor: Luiz Eduardo Soares

Publicado em: 13/07/2022