Maria Cristina Fernandes – Valor – 28/7/22
Segundo a colunista do Valor Econômico, “com chances reduzidas de reeleição e blefe escancarado pela falta de respaldo militar, Bolsonaro fica sem poder de barganha para salvo-conduto”, seja mandato vitalício, indulto ou anistia.
Neste cenário, quanto mais fortes forem os ventos de mudança no primeiro turno das eleições, menor é a chance de “acordões” que livrem o presidente e seus comparsas do Centrão de investigações e punições. A proteção da Procuradoria Geral da República (PGR) dura só até o fim do mandato, enquanto o inquérito das “fake news” no STF já alcançou parlamentares, mas não atinge o presidente.
“O direito brasileiro protege os parlamentares e não o presidente pelo que dizem no exercício do mandato. Na era Bolsonaro aconteceu o inverso”, diz o professor Diego Arguelhes, do Insper.
Na esquina de 2023, porém, aguarda Bolsonaro e demais golpistas (desde que não renovem seus mandatos) um extenso rol de crimes comuns.
Fonte: Valor (acesse aqui)
Autor: Maria Cristina Fernandes
Publicado em: 28/07/2022