Ganhando ou perdendo, ele é uma ameaça à democracia, afirma a revista The Economist em reportagem de capa.
“O homem que queria ser Trump”, diz o título de capa da revista britânica The Economist em sua edição de 10 de setembro.
“A democracia não pode sobreviver quando um lado acredita que há apenas dois resultados em uma eleição: ou vencem ou foram enganados”, disse Joe Biden em 1º de setembro. Referia-se aos Estados Unidos, claro, mas segundo a The Economist “poderia muito bem estar falando sobre o Brasil”.
“Todas as pesquisas dizem que ele provavelmente perderá”, mas Bolsonaro “continua insinuando que a eleição pode de alguma forma ser manipulada contra ele”. Mesmo sem nenhuma prova, muitos de seus apoiadores acreditam nas repetidas insinuações de fraude. Daí vem o temor de que ele “possa incitar uma insurreição, talvez como a que a América sofreu quando uma multidão de apoiadores de Donald Trump invadiu o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 – ou até pior”.
Bolsonaro “semeia a divisão” no país, “descarta as críticas como fake news” e “seus instintos são tão autoritários quanto os de Trump: ele se mostra nostálgico sobre os dias do regime militar no Brasil”.
O presidente não se intimida em ameaçar que “uma vitória de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, entregaria o Brasil ao diabo”.
Fonte: Rede Brasil Atual (acesse aqui)
Autor: Eduardo Maretti
Publicado em: 08/09/2022