Serão 16 deputados federais e 7 senadores. Líder do movimento, Marcos Pollon foi o mais votado em Mato Grosso do Sul.
Com um total de 18,6 milhões de votos, os defensores do armamentismo – conhecidos pela sigla CAC (colecionadores, atiradores e caçadores) – consolidam-se como movimento político, alcançando inédita representação parlamentar.
Os 16 deputados federais eleitos formam uma bancada maior do que a de dez partidos da Câmara. No Senado, terão oito anos de mandato nada menos do que sete defensores da ampliação das armas na sociedade.
Marcos Pollon, líder do movimento Proarmas, foi o deputado federal mais votado do Mato Grosso do Sul e é aliado de Eduardo Bolsonaro, o principal representante brasileiro junto a grupos de extrema-direita dos Estados Unidos, onde a pauta armamentista tem muita força.
Decretos e portarias do governo Bolsonaro para a flexibilização do porte e posse de armamentos fizeram o total de CACs registrados saltar de 117.467, em 2018, para 673.818 em 2022.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a nova política armamentista causou cerca de 6.400 mortes entre 2019 e 2021, e deve matar mais nos próximos anos. Dados dos Estados Unidos indicam que os efeitos mais negativos da aquisição de uma arma atingem o ápice entre dois a três anos após a liberação do porte. A cada 1% de aumento na difusão de armas, crescem 1,1% os homicídios e 1,2% os latrocínios.
Fonte: Estadão (acesse aqui)
Autor: Vinícius Valfré, Julia Affonso e Daniel Weterman
Publicado em: 05/10/2022